Angio-TC para TAVI

A tomografia é uma ferramenta essencial no planejamento e orientação precisa do procedimento de TAVI, garantindo resultados seguros e eficazes para o tratamento da estenose aórtica.

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Angio-TC para TAVI

O que é TAVI?

TAVI (Transcatheter Aortic Valve Implantation) é um procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar a estenose aórtica grave. Na TAVI, uma nova válvula cardíaca é implantada dentro da válvula aórtica estreitada ou calcificada, sem a necessidade de realizar uma abertura cirúrgica no tórax. Em vez disso, a nova válvula é inserida através de um cateter, geralmente pela artéria femoral ou pela artéria subclávia, guiada por imagens de fluoroscopia e ecocardiografia. A TAVI oferece uma alternativa menos invasiva e mais segura para pacientes que enfrentam riscos elevados com a cirurgia tradicional, permitindo uma recuperação mais rápida.

Em quais aspectos a tomografia consegue auxiliar no procedimento?

A tomografia computadorizada (TC) desempenha um papel crucial no planejamento de TAVI. Ela fornece informações detalhadas sobre a anatomia do coração e das artérias, permitindo uma avaliação precisa do tamanho, forma e calcificações da válvula aórtica, bem como das estruturas adjacentes, bem como avalia as vias de acesso e do caminho em que a prótese precisará percorrer até chegar ao seu sítio de implante.

A TC pré-TAVI é realizada para determinar se o paciente é um candidato adequado para o procedimento, avaliar a anatomia, além de medir o tamanho e a posição correta da prótese que será implantada. Essas informações são essenciais para garantir um planejamento preciso do procedimento e escolher a prótese mais adequada. Além disso, a TC pós-TAVI pode ser realizada para avaliar o resultado do procedimento, verificando a posição correta da prótese, o grau de expansão e a ausência de complicações, como vazamentos/leak, obstruções como trombos e/ou infecções.

Assim, a tomografia desempenha um papel fundamental no auxílio a seleção de pacientes, no planejamento pré-TAVI e na avaliação pós-TAVI. Fornece informações detalhadas que ajudam os médicos a tomar decisões precisas no dia do implante, bem como pós procedimento.

Como são adquiridas as imagens da TC Cardíaca para TAVI?

Assim como realizada para coronárias, as imagens são adquiridas com sincronização ao eletrocardiograma para que se possa realizar imagens em diferentes momentos do ciclo cardíaco (sístole ou contração máxima) e (diástole ou relaxamento máximo). Como algumas estruturas da base cardíaca como a via de saída do ventrículo esquerdo, raiz aórtica e aorta proximal sofrem influência com a contração cardíaca e pelo volume de sangue ejetado pelo coração, as medidas para determinar o tamanho ideal da prótese a ser implantada são realizadas nas imagens adquiridas durante a sístole. Já as medidas do arco aórtico e vias de acesso são normalmente realizadas nas imagens em diástole ou imagens realizadas sem o gate/trigger cardíaco.

Quais são as medidas realizadas na tomografia cardíaca para TAVI?

As medidas mais comuns incluem:

  • Via de saída do ventrículo esquerdo
  • Raiz ou anel aórtico
  • Seio de valsalva
  • Altura dos óstios das coronárias em relação ao plano do anel aórtico.
  • Junção sinotubular
  • Diâmetro da aorta 4cm acima da raiz aórtica
  • Medidas do arco aórtico e da aorta bem como seus sub-ramos / vias de acesso.

Os achados da imagem podem contraindicar a TAVI?

Sim, existem algumas situações em que a tomografia pode contraindicar ou limitar a realização do procedimento. Essas contraindicações podem incluir:

  • Aneurisma aórtico ou doença aórtica grave: Se a tomografia revelar um aneurisma aórtico significativo ou uma doença aórtica avançada, isso pode contraindicar a realização da TAVI. Nesses casos, outras opções de tratamento ou abordagens cirúrgicas podem ser mais adequadas.
  • Anatomia aórtica desfavorável: A tomografia pode revelar uma anatomia aórtica complexa, como estenose ou tortuosidade acentuada da aorta, calcificações extensas ou outras características que dificultam a colocação adequada da prótese durante a TAVI. Essas condições podem aumentar o risco de complicações durante o procedimento.
  • Calcificações valvares aórticas graves: Se a tomografia mostrar calcificações valvares aórticas graves, isso pode dificultar a expansão adequada da nova válvula implantada durante a TAVI. Nesses casos, outras opções de tratamento ou cirurgia convencional de substituição valvar aórtica podem ser consideradas.
  • Doença arterial coronariana grave: Se a tomografia identificar uma doença arterial coronariana grave, com obstruções significativas nas artérias coronárias, pode ser necessário um tratamento adicional, como angioplastia coronariana ou cirurgia de revascularização miocárdica, antes ou em conjunto com a TAVI.
  • Implante baixo das artérias coronárias: Quando os óstios das coronárias estão abaixo de um limiar aceitável para TAVI ou muito próximas a raiz aórtica, a nova válvula pode obstruir estes óstios e determinar o aparecimento de um infarto miocárdico durante o procedimento. Neste caso o mais indicado é a abordagem convencional ou cirurgia aberta.

É importante ressaltar que a avaliação e a decisão de realizar a TAVI são feitas por uma equipe médica multidisciplinar, levando em consideração os resultados da tomografia e outros exames, bem como as características individuais do paciente. A tomografia é uma ferramenta valiosa para o planejamento e a seleção de pacientes, mas a decisão final sobre a realização da TAVI deve ser baseada em uma avaliação completa e individualizada de cada caso.

Category
Imagem Cardiovascular, Tomografia Cardíaca

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